cincos
anos! cinco edições! V
Festival do Filme Anarquista e Punk de São Paulo!
(http://anarcopunk.org/festival/)
êêêêê! muitas palmas e salves pra incansável galera que fez o
corre pra realizar tudo isso!
pra
galera do
Coletivo
Festival do Filme Anarquista e Punk
– SP, formado
pelos grupos Do
Morro Produções,
Projeto
Espremedor,
Editora
anarcopunk Imprensa
Marginal/Anarco.Filmes
Produções Anarcopunx
e indivíduxs, em
especial para
marina
knup,
elaine campos,
quilombola
regicida,
juliano angelin,
clayton
joão!
nós,
da Cin'Surg[E]nt[E]
(no
facebook)
participamos de quatro edições. desde a segunda que a gente não
falta, marcando nossa presença com nossos [A]filmes. isso nos
possibilitou amadurecer juntxs nosso próprio modo de fazer filmes.
pois
foram quatro anos trocando
ideias sobre a questão de haver ou não uma forma própria,
anarquista e punk, para além do conteúdo mesmo, de fazer filmes. o
que é uma provocação das melhores, pois coloca a gente pra
ressignificar todas as esferas das nossas realização
cinemato-gráficas! inclusive,
neste exato momento, estamos construindo um texto sobre isso em
particular, com nossas ideias, reflexões e resultados, que em breve
publicaremos pra todxs!
mas
nestas frases e palavras aqui, queremos fazer um breve relato sobre o
que foi essa quinta edição do festival.
sábado, dia 03 de dezembro
de 2016:
de
brasília chegamos em são paulo. fomos direto pro local do evento.
que
nesta edição foi realizado
no
CCJ
(centro
cultural da juventude) em
vila
nova, cachoeirinha (zona
norte de sampa).
foi
muito massa, pois chegando lá, já
fomos
reencontrando nossxs amigxs, trocando
ideias, sendo apresentadxs ao espaço, sendo acolhidxs por quem a
gente gosta tanto. na
hora que chegamos estava finalizando
uma oficina fodona sobre
“uma breve
introdução à linguagem cinematográfica”
realizada pela ana julia travia, só para mulheres (cis e trans).
isso
é excelente! mais do que necessário: empoderamento audiovisual!
chega do
olhar macho!
é preciso uma luta pela igualdade do olhar! por
uma política anarca, trans e
feminista
do olhar!
logo
começaram as sessões de filmes. ficamos na sala 01, “escolas
em luta I”.
a
sessão começou exibindo o curta-curtíssimo “o
que é autonomia?”
(assista
aqui)
da
submedia.tv. um
vídeo que é um dos episódios de uma série chamada “a is for
anarchy” que trata de conceitos, ideias e pensamentos anarquistas.
em
seguida assistimos
ao
filme “acabou
a paz, isso aqui vai vira o chile
– escolas ocupadas em são paulo” (assista
aqui)
realizado
por carlos pronzato e lucas duarte. relatos
impressionantes e inspiradores de como mais
de 200
escolas foram corajosamente ocupadas por estudantes secundaristas de
forma autônoma, horizontal e solidária, contra
o governo alckmim que visava o fechamento arbitrário de 94 escolas.
em
seguida assistimos ao
“desobedientes,
uma lição de resistência”
(assista
aqui),
realizado por lucas duarte. outros relatos de estudantes
secundaristas, que desta vez, ocuparam um prédio de ensino técnico,
também em são paulo, cuja
atitude nos ensina o melhor dos exercícios de desobediência civil a
fazer: ocupar e resistir!
depois dessa maravilhosa aula
dada por estudantes secundaristas, hora do recreio: com fome, já
quase 16h, fomos almoçar, juntx
com nossxs adoráveis amigxs do GECA
(ana, thalita e carlos)
e com o juliano e
regicida, em um
restaurante próximo do
CCJ.
e foi então
que as forças da natureza nos mostrou quem é que manda no
planeta: caiu uma chuva
sinistra
com raios e trovões. e
foi ai que um raio caiu
e estourou um gerador
de energia no bairro. blackout
geral! nenhuma luz no bairro e no CCJ.
metade do primeiro dia dessa quinta edição do festival não pôde
acontecer. e nós, Cin'Surg[E]nt[E],
que íamos estrear nosso quarto filme no festival, o “pUNk[A]h4cK1Ng”
(assista aqui), às 19h
tivemos que ver quais as possibilidades de transferi-lo para o
domingo. e se conseguiu, pois com o empenho da galera organizadora
consegui-se passá-lo para as 14h do próximo dia. com uma tristeza
profunda, não assistiríamos mais a segunda metade desse primeiro
dia e não poderíamos mais trocar uma ideia massa e conhecer suas
realizadorxs!
mas o que se seguiu, foi um
adorável acolhimento de nós por regicida em sua casa. algo que
agradecemos muito, de coração, pois foi de uma colhimento incrível
que dificilmente conseguiremos retribuir. mas que, com certeza nos
empenharemos ao máximo para fazê-lo quando algum dia, tanto
regicida quanto qualquer outrx de nossxs amigxs de lá, passarem por
este cerrado aqui que brasília insiste em destruir.
domingo, dia 04 de dezembro
de 2016:
acordamos
cedo para cai no segundo dia do evento. e,
já no CCJ,
antes de irmos para as sessões de filme do dia, fizemos novxs
amigxs que ali estavam com seus corres, como zines e patches e um
rango vegano da melhor qualidade! nesta manhã também aconteceu
outra coisa fantástica: demos um depoimento em vídeo para nossxs
amigxs, ana e carlos, do GECA
(grupo
de estudo de cinema e anarquia). depoimento que comporá um
documentário que estão fazendo sobre o festival. foi muito
divertido. e ainda tiveram que nos parar, porque a gente fala muito.
se não parassem a gente, provavelmente estaríamos falando até
agora. hahahaha.
14h:
seguimos para a sala 01, onde estrearia nosso pUNk[A]h4cK1Ng
seguido por uma conversa com o público sobre hactivismo. foi
fodástico! com o auxílio da elaine e do clayton tudo ocorreu da
melhor maneira possível. ah... que conversa boa! críticas positivas
pra a gente seguir fazendo filme, felicitações, sugestões de
outros horizontes, perguntas inteligentes, novas ideias, tudo fluiu
deliciosamente bem.
16h:
ainda na sala 01, sob o
tema “escolas
em luta II”
foi exibido o inspirador “lute
como uma menina!”
(assista aqui). seguido
por um debate com beatriz alonso, diretora do filme, com flávio
colombini, co-diretor e com lilith cristina, estudante da e.e. maria
josé. o documentário conta a história das meninas que participaram
do movimento secundarista de ocupação das escolas em são paulo.
primeiro, foi uma alegria renovadora fora do comum tomar conhecimento
de uma geração de meninas tão jovens e tão lúcidas
politicamente. uma lição preciosíssima de luta, principalmente
para as gerações anteriores a elas. isto porque nos tira da inercia
geracional de que as chances de luta só vão se tornando inútil.
não! resistir e se reconfigurar é mais que preciso. é uma
necessidade vital! solidariedade social e geracional já! do mesmo
modo que podemos aprender com a sabedoria das pessoas que estão ai
lutando há mais tempo, podemos aprender com a iniciativa e as
aspiração das pessoas mais jovens. e essa sensação só se
fortaleceu com a conversa pós exibição do filme. também tivemos
que parar por causa do avançar das horas, já que o CCJ
teria que ser fecha às 18hs.
por
fim, infelizmente, chegou o momento de irmos embora de são paulo.
guardar em nossos corações mais um festival, a quinta edição no
caso. um festival que se tornou indispensável como referência
fundamental para a realização de filmes anarquistas e punks no
brasil. um festival, que, como constatamos juntx a outrxs compas
realizadorxs de filmes, determina a última data do ano para que um
filme fique pronto e a tempo de ser enviado para a galera que
organiza o festival. só temos que agradecer a todxs que por lá
passaram e possibilitaram tão incrível realização: axs velhxs
e axs novxs amigxs, toda alegria, saúde e anarquia!
Cin'Surg[E]nt[E]
- [A]filmes,
cerrado,
dezembro, 2016
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